quinta-feira, 10 de maio de 2012



Quando os dias em cinza, passam a ser prateados...
Quando a moça loira vira dourada e a morena bronze...
Quando o vizinho desperta interesse e carinho no cruzar em elevadores...
Quando o idoso exala autoridade e demanda respeito pela força do espírito...
Quando dizemos que o sul e o norte são apenas sentidos diferentes nos nossos passos...
Mas se seguirmos retos em ambos os casos, chegaremos no mesmo lugar...
Quando se emociona com toque da música...
Quando se respira pelas reticências...
Quando não se explica em letra, para não atrapalhar a harmonia...
Quando se admira a pedra fria, ou a madeira neutra ou a carne quente...
Quando a admiração extrapola o retângulo ou o ovalado do espelho
Fica insípido quando se acaricia e percebe que toda forma é pouco...
Pouco importante...
Quando o relógio é atemporal mas nada no mundo para... Para... Para...
Quando a maré de pernas fica estática para que as cabeças notem a noite...
Notem o dia...
Notem o meio dia...
Tudo é tudo e nada...
Quando noto que não sou poeta...
Nem sou atleta...


Sou filho...
Agradecido...

E a gratidão segue assim...

Como já cansei de dizer...

Respirando nas reticências...