Vamos recomeçar?
Digo, recomeçar a
viver…
De verdade dessa vez!
Vamos?
Quem tira a primeira
peça? Eu ou você?
Podemos começar com
nossos traumas?
Eu não me importaria
se depois, tirassemos inclusive as roupas.
Vamos?
E não adianta.
Se não for para ficar
nus, então melhor nem começar… Você tem razão.
Despir o coração das
grossas cascas e calos.
A memória da desculpa
de se recusar a sentir.
Da alma do choro que
só espera o momento errado para começar.
Das lágrimas
emperradas pela estúpida preocupação com o alheio.
Da porra do medo do
que se quer todo santo dia.
Todo santo dia!
Tira tudo?
Quero mostrar tudo.
Se você não gostar, eu
sinto dizer que não irei apagar luz.
Se não te agradar,
pode fechar os olhos.
O show não toca para
corações que não enxergam ou sofrimentos que se calam…
Ele também fica surdo
para a felicidade.
Não escuta, não vê.
Mas surta.
De novo.
Eu já fiz tanto isso
que não posso te culpar se você repetir o pecado.
Mas vamos pecar
juntos!
A cumplicidade que eu
sempre me privei sentir, está aqui
Embrulhada em tantos
versos que tudo, não tanto no detalhe, hoje é verdade.
E eu me atrevo a
cantar isso tudo.
Até porque, na minha
ignorância, eu sei.
A música da vida só
para quando se prefere a letra ao invés da melodia.
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