É como tocar numa porta que você não atende.
Por mais que a obsessão me jogue contra o muro, a estupidez insiste que há algo de especial.
Meus pensamentos querem entrar na realidade como se meu dedo polegar tentasse caber num buraco de prego na parede.
Ou como se a chave da minha casa quisesse tocar o fundo da garrafa do vinho...
Não cabe...
Nunca se atinge...
Mesmo assim, todo o acaso vira coincidência...
Todo sorriso ou conversa sobre o tempo, vira flerte...
Toda tela vira fonte de observação...
Qualquer passeio a noite vira uma longa viagem a algum lugar.
Porque não importa onde eu vá, nunca chego a lugar nenhum.
É como seu tentasse ver o que há no fim do túnel que corre em círculos.
Não há luz no final.
Sendo assim, prefiro não entrar.
Sento e espero com um olhar taciturno e frustrante.
Resumindo, continua-se na contemplação de uma figura opaca.
Apenas relances nada sóbrios de alguém que não se cansa de cantar:
“Nice to meet you, anyway”
Um comentário:
(Suspiros)
beijos
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