E em silêncio a gente se delata
As confições não são ditas nem por palavras de cumplicidade
Não há gritos de lágrimas contidas pela falta de ânimo
O coração se acomoda estranhamente longe do medo
E o que era carne, vira seda
Indiferente ao toque
E ela entende?
E precisa?
Como água do rio que lambe a rocha
Os pelos acariciavam os dedos
A inversão foi imposta pela admiração
Pela devoção à beleza incompreendida
Pela nociva culpa do que não teria a menor necessidade de ser notado
Ou adiado
Ou odiado
E é assim quando se escuta a música dela
Selar a paz internamente é mais importante do que deletar a vida do outro
Paz...
Isso se chama paz.
Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário