Do Cheiro Das Flores

Há tempos não sinto cheiro de flores
Mesmo que brancas ou na cor da proteção Daquele que sempre está.
Ela não caminha mais com os pés suaves em pétalas espalhadas pelo chão 
Quanta ilusão nas sombras das velas. 
Vermelha suavidade no doce pisar.
O caminho incrédulo do que se sabia que não duraria (ou perdia o durar).
Tão fugaz ou vulgar como roubar o amarelo vivo do carnal amarílis.
Escapou ao parar.
Só que até hoje assombra.
Madeira, rosas, cheiros, toque em tudo que na letra não se escreve a harmonia 
Ou descreve a sintonia.
Perfeição daquilo que não foi 
Ou durou enquanto doce foi ao provar.
Acho que por isso os momentos valem tanto a pena na vida.
Que ela seja inteira para sempre lembrar.
E na próxima, assumimos o compromisso de durar
Que assim seja.