sábado, 21 de novembro de 2009

Há, pelo menos, uma música...



E finalmente eu fico embriagado...
Eu canto...

Louco, pelado, sonolento e sem noção do que quero.
Mas para isso não preciso do entorpecente efeito alcoólico da Absoluta Baunilha.

A confusão há muito tempo se fez lógica em minha vida.
Sóbria antes de qualquer outra coisa.

Mas eu canto mesmo assim!
E não se atrevam a reclamar!

Pelo menos é uma música...


A vizinhança, muito em breve, perderá as cores...

Sem a mínima influência carnal, eu sinto falta, sabia?

E por isso escrevo, imprudentemente, as tesouradas de uma estúpida imaturidade...

Mas pelo menos é uma música...


E se não canta, pelo menos assume...

Quanta vaidade para se transbordar ao efeito das pílulas...

Virilidade forte, contundente e maquiada.
Pura vaidade...
E eu canto mesmo assim...
As pessoas se apaixonam pelas palavras da vaidade.

Onde não há poesia.

Mas pelo menos é uma música...


Hoje, só as palavras escorregam pelos meus dedos...

E de maneira desastrosa,
Respiram nas reticências...
Pois já perdi ha muito tempo a beleza de saber me descrever.

Isso ocorria quando havia um pouco de alegria...

Não que seja triste
Mas pelo menos, antes, era mais real.
Sóbria e triste ironia...

Antes, pelo menos, não havia música.


Ops...

Mentira...


Sempre houve, pelo menos, uma
música.

Um comentário:

*Lí* disse...

Sempre há. pelo menos uma música...