sábado, 19 de junho de 2010

Salve Don Diego Armando Maradona!




Ok, o cara é metido, se considera um deus, ou "O Deus", mas convenhamos, debaixo de sua barba charlatã, ele ensina o real objetivo do futebol; ENTRETER!

Não vou ficar falando sobre jargões chatos e televisivos como: futebol arte, futebol de resultados, equipe equilibrada e etc... Isso já encheu o saco e tem blogs de outros cuspindo opiniões sobre futebol.

Quando chega a Copa do Mundo, um sentimento gostoso de união é sentido por todo mundo, não? Eu, pelo menos, sempre quis ir à Copa para me divertir, interagir com gente do mundo inteiro e, por que não, torcer para o Brasil. Mas numa boa, quando eu vejo o Dunga, ou qualquer outro destes técnicos (ou tecnocratas) falando, me dá uma certa azia, como se eu tivesse digerido toneladas de uma gordurosa aula de "resultados, custe o que custar".

Aí, vem Don Diego Armando Maradona e joga merda no ventilador! Como assim? Joga a seriedade chata e pesada para longe, faz graça das rivalidades entre povos, tira sarro dos protocolos e recria o enredo que esperamos a cada quatro anos acontecer.

Pelé pode ter jogador melhor, sei lá, mas CRAQUE mesmo é ele. Sim... Ele é o único. Não acho que seja modelo para muita coisa, mas cair e se levantar e deixar o mundo atônito, driblando a moral e os bons costumes, só Don Diego.

Convenhamos, essa Copa está um saco!

Se o Brasil ganhar, ganhou... Se perder, perdeu... Dunga é um poço de gelo que nos tira a graça de "sambar" no tapete verde.

Maradona baila a alegria melancólica do Tango e, com ares de Che Guevara, já merece ser campeão (de novo). Merece para mostrar que é com bom humor, amor às coisas simples (ou rebuscadas), com leve ironia e o real sentimento de ser latino/revolucionário (para curtir a vida, mesmo na desgraça), que se vence, mesmo depois de ter caído inúmeras vezes.

Maradona pode ser (ou ter sido) viciado em drogas. Mas seu carisma, baboseiras e pelos da barba, entopem as artérias de quem gosta do futebol.

Argentina. Acho que você, finalmente, poderá soltar o grito de campeã...

E pode bailar, mesmo que sem par, o fato de ser a única nação "alegre" neste festival de maturidade sem graça da Copa.

Ave Maradona e seus súditos!


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