sexta-feira, 30 de setembro de 2011

E Parada Ficará!





Quando era mais jovem, jurava que quanto mais velho a gente ficava, mais rígidas ficariam as fibras do coração.
Pensava que não se poderia perder noites ou dias imaginando o que não é pensamento
O mais grave disso tudo é que eu achava que haveria um só significado para palavras como saudades e, por que não, amor.
Mesmo com força no sentir, o significado único destas palavras se torna cada vez mais flácido à definição. 

Se transforma em uma vaga ideia do que se fazer na manhã seguinte. Após o porre... Após a conversa... Após o flerte...

Sim...
Fugindo dos ideais...
Do certo...
Do correto...
Caindo em queda livre ao egoísmo.
Não sei se isso é maturidade...
Se é idade...

Não há mais sorrisos alheios aos travesseiros...
Não há mais a noite sortida com os roncos do corpo dela...
Não há mais sabores, senão o do algodão...
Não há mais o cheiro da dormida compartida...
Das palavras impuras...

Como eram suaves na boca dela!

Há o sentimento de contemplar uma parede branca...
Com um quadro cinza e azul pendurado sobre a cama...
Cama que, hoje,  como água parada, não enfeita mais a paisagem do meu canto.

Tudo isso, te escrevo, porque não quero te dar parabéns... Ou quero, mas não quero resposta... Sendo assim...

A única palavra que me vem a cabeça é...

Felicidades...


Que você tenha muitas.


Beijos...

Tchau...

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