sábado, 16 de janeiro de 2010

Hã?




Há dias que eu piro... E escrevo coisas sem sentido como esta:

Ei, convenhamos...
Ficar perto de mim é muito melhor do que esta soberba debochada aventura leviana.
Senão leviana pelos prazeres, leviana pela debandada.
Quem fica, sente na boca um gosto horrível que parece uma caixa de fósforos vazia.
Me deixar assim, é no mínimo leviano!

Há quem chame isso de saudade.

Sabia que descobri que a saudade traz frio?
Gela tudo por aqui.
Meu peito se sente descoberto sem os cabelos dela.
Isso sem contar a falta do calor languido da penugem que ela tem...

E aqueles montes?

Sonho meu, sonho meu...

Mas sonhar é uma aventura egoísta.
A Mente mente.
Quando se acorda
Não se sente mais nada.
E como beber vento e mastigar o ar.

Aliás, acho que perdi quase todos sentidos, porque não há cheiro, gosto ou tato.
Isso me irrita.
Quero prazer.
Minha mente está quase insaciável.

Saudades da carne tua.

Falando em carne;
Sabia que descobri que posso te desenhar no escuro?
Mas, de novo, não se sente além da mente.
Anda!
Vem logo porque quero
Nada de doses educadas!
Me descobri um mal-educado na paixão.

Mas o que falta não é apenas a dita carne.
Não se trata faltar o que tocar, pegar ou mastigar.
Há quatro cúmplices das minhas vontades em minha cama.
Calma, são fofos, brancos e se sente o cheiro deles quando acordamos.
Se chamam travesseiros.

As penas dos travesseiros não enchem minha taça de vinho e nem a saliva em minha boca.
Ao contrário.
Ficou tudo meio seco.
Quero cheiro, sopro, pelos e perguntas.

“Você mente?”
Adianta te responder a verdade?
As vezes, poderia ser mais fácil ser apenas animal.
Não há necessidade de me explicar.
Quem entende a língua dos cães?
Mesmo assim, são fieis.

2 comentários:

Gio disse...

Coisas sem sentido? hahahaha! Quem nao te conhece que acredite! Beijo.

angela cifani disse...

Grande Cláudio!!!
Interessante como são "antagônicas" as sensações da liberdade...de tão leve ... às vezes se torna tão pesada!!!
Beijocas!!!