quinta-feira, 12 de outubro de 2017






















Eu juro que jamais teria esperado alguns finais como o que vivemos a pouco.
Mas no fundo, sabia que seu enredo indicava uma crônica de qualquer morte anunciada.
Parte triste e parte ácida, esta é sua suave  dança do não-me-quer.
Estranha o amor próprio,
Ignora o beijo da alma,
Desfaz a trama toda,
Se atira na mascarada incerteza de quem sabe o que quer.
Mas este querer, não é a mim o mais adequado.
Mas a mão acordou e, com ela, meu preguiçoso ser sentimental.
Bastou dizer, "você é frio".
E assim, 
Ouvia-se o gelo estourar a centenas de posts distantes.
"Você está bem?", me perguntaram sentindo que, não por um sentido menos ordinário, meu coração cantava desafinado e desafiado.

E desse jeito fui.
Tropeçando na falta da mesmice que deu ritmo à minha vida,
Transbordava olhos a fora por não ter ideia do que fazer!
Isso mesmo!
Eu, finalmente, não tinha ideia do que fazer.
Sem saber letra ou melodia,
Era admiração pura ou impura.
Mas pura e dura mesmo, era apenas mais uma dança na música interrompida.
Quase trilha sonora de nossas vidas.
E mesmo juntos, não cantamos refrões 
Tampouco houve rima.
E esse descompasso marcou toda as falhas que temos.
Marcou sonhos e vinhos,
Em taças nada sóbrias enquanto se esperava a grande atração.
Aquela que nunca subiu ao palco.
E quando tentou, mais uma vez,
Esqueceu a letra.
Mas não a tônica 
Mas não a tal crônica.
Sim.
A mesma da tal morte anunciada.
É triste quando se pode re-escrever a história 
E mesmo assim.
Copiamos o fim antes mesmo do romance começar.
Que triste esta nossa história 
Traímos o que nos prometemos como memória.
Sim! Os dois.
E tenho certeza de que seguiremos assim.
Mágoas, charmes, saliva e afins.





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