sábado, 7 de outubro de 2017

Selando A Paz

















E em silêncio a gente se delata
As confições não são ditas nem por palavras de cumplicidade 
Não há gritos de lágrimas contidas pela falta de ânimo 
O coração se acomoda estranhamente longe do medo
E o que era carne, vira seda
Indiferente ao toque
E ela entende?

E precisa?

Como água do rio que lambe a rocha
Os pelos acariciavam os dedos 
A inversão foi imposta pela admiração 
Pela devoção à beleza incompreendida
Pela nociva culpa do que não teria a menor necessidade de ser notado
Ou adiado
Ou odiado

E é assim quando se escuta a música dela
Selar a paz internamente é mais importante do que deletar a vida do outro

Paz...

Isso se chama paz.

Amém.

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