sábado, 7 de outubro de 2017

Before They Fall





















Vamos deixar o carinho de lado.
Está tudo certo…
Mas quando me pego segurando seu rosto, seu dorso e aliso o que se levanta ao leve suspirar,
Ela traga tudo pra dentro de si como se fosse brasa.

Quase intoxica.

“Você quer ser meu amor de hoje?”, ela pergunta.
“Você quer ver as estrelas antes que elas caiam?”, ela seduz.
A pergunta antecede e cega qualquer luz que não seja dela.
É na noite, totalmente escura, que se faz amor com um qualquer.
Afinal, não se pode mirar os olhos ou a saliva que escorre da boca.
E tudo vira enredo para páginas virtuais.
Histórias que remetem a tramas reais.
E por muito pouco, quase nada, se rasga num tapete sem vidro.
E quase canta os espinhos sem rosas.
Das flores que colheu e já não são mais as mesmas.
“Está tudo certo”, ele pensa.
“Estou certa que é tudo errado”, ela repensa.
E na madrugada foge e não se explica.
Afinal, a melodia atrofia tudo aquilo que é letra,
E juntos, descontroem a música por medo da inocência.
Mesmo que consigam banalizar a indecência.
Não adianta.
Foram feitos para o momento
Mas não um para o outro.
E de novo, ela canta, “Que você seja o próximo.”
E eles voltam às suas cirandas.
E ambos rodam sem tecer a aliança, símbolo icônico daquilo que deveria ser…

Mas não é.

Melhor sairmos e vermos as estrelas antes que elas caiam.

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